Esse post eu tinha pensado em escrever no meu blog, mas como eu fui ver Vicky Cristina Barcelona com a DaniB e saímos abaladíssimas, precisando sentar e falar mais e mais e ela me deu uma tremenda luz (antes mesmo do filme começar); E hoje já começamos o dia trocando email, comentando como continuamos abaladas, como a cabeça está a mil, como foi difícil dormir ontem... Por tudo isso, o post veio para cá.
O Contardo Calligaris disse que saiu sorrindo do filme, eu saí chorando e continuei chorando enquanto tomava café e depois de novo voltando para casa e quando fui dormir. Não era um choro de tristeza exatamente, nem tinha um único motivo específico, era uma coisa meio "chorar me alivia, me ajuda a colocar o que eu nem sei o que é para fora, e depois talvez eu consiga organizar minha bagunça", meio "ai caralho, que merda".
Quando o filme acabou eu tive muito medo de ser a Cristina, que só sabe o que *não* quer, mas não faz idéia do que *quer*, pensei um pouco e o medo passou, eu sei o que *eu* quero, e aceito o que está fora do meu controle para conseguir e não deixo de fazer a minha parte para chegar lá. Depois pensei que estou mais para Juan Antonio na verdade, um bote salva-vidas, que quer que os outros vivam *momentos reais*. Sou a Dani que vive encorajando as Danis e os outros a se jogar, aproveitar, viver com 'V' maiúsculo, ser a velhinha com histórias agridoces. Aí a DaniB me pergunta "tá, e quem vai jogar uma bóia pra você?" e eu choro em cima do café-com-leite.
O que hoje me deu certeza que eu não sou Cristina é que lembrei de uma vez que estava conversando com uma amiga, que não é Dani, sobre o que aprendemos com os relacionamentos passados, mortos e enterrados e eu comecei a listar e não acabava mais, desde coisas bobas, tipo "como amarrar uma gravata" até maiores como "o ser humano é complexo demais, desiste de entender". Eu sempre deixei os outros mudarem a minha vida, meu jeito de pensar, meu mundo.
A DaniB me garantiu que eu mudei a vida de um ex. Outro ex me ligou outro dia para dizer que queria me contar que ele mudou por minha causa e queria me encontrar pra 'agradecer' (código para "e aí, tá desocupada? vamos dar umazinha, ou várias?") - Como estou falando de relacionamentos mortos e enterrados, fiquei tocada com o discurso desse segundo ex e dispensei o encontro ao vivo - E como estou falando da minha vida, a DaniB, quando eu ia deixá-la em casa, viu o outro ex na rua, passeando com o cachorro, fiquei tão surpresa com a habilidade desse ex de aparecer no meu caminho quando estamos falando dele (que atualmente é bem raro) que nem consegui reagir.
É isso, nem Vicky, nem Cristina. Não sou Vicky porque eu tenho coragem - ontem inclusive percebi que realmente sou uma geladeira auto-descongelante, percebi que tinha completamente esquecido de como sofri por um ex (a DaniB acompanhou o processo e me lembrou ontem - eu lembro só do ãhn 'sexo' fantástico, o sofrimento esqueci totalmente). Não sou Cristina (já argumentei o que podia aí em cima). Não sou Maria Emília (thank god, ela é absurda). Não sou Juan (amor-livre nem é meu forte, apesar do sexo casual ser meu esporte favorito). Sou Daniela, DaniEu, ou Kica para os íntimos, e você?
sexta-feira, dezembro 05, 2008
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Pelo menos a gente se diverte!
Uma das grandes maravilhas da Danilândia é que como somos mulheres, claro que a gente acredita em 6o. sentido, videntes, quiromantes e afins, e acreditamos ainda que as coisas não são tão randômicas assim, meio que se não dá para mudar, a gente é plenamente capaz de (ok, esbravejar e gritar por uns 5 minutos, mas depois) respirar fundo e dar risada. Sentar no bar e continuar xingando, mas aquele xingamento que é tirando barato (de nós mesmas e nossas vidas patéticas) e dar mais risada ainda.
Pra explicar, é assim, eu sou a Dani que adora ir à aeroportos, como já fazia mais de 15 dias que não via a DaniDani combinamos que eu a levaria até Guarulhos, a gente ia batendo papo, tomaríamos um café, ela embarcaria e 23h eu já estaria indo dormir, esse era o plano. Mas óbvio, isso é a Danilândia, o planejado não funciona, isso não é trabalho, isso é vida.
O plano não funcionou, e a vida colocou um over-booking no nosso caminho, depois de muita espera e ganhar um vale-"jantar" de míseros R$ 10,00 (que deu p/ 1 cerveja, 1 coca e 3 trident - daqueles individuais, minúsculos), a oferta de passar a noite em um hotel, que nem era o Caesar, então claro de dispensamos, voltamos para SP, já dando risada e fomos tomar cerveja e comer hot-dog.
Frases do dia e da noite?
"- Eu já estava sentindo que ia dar merda... Vai que o avião explode!
- Não vai explodir, é essa merda de você ficar assistindo programas sobre desastres aéreos!!
- Hahaha, é mesmo, preciso parar de assistir essas coisas quando eu pego no mínimo dois vôos por semana"
"- A gente PRECISA participar de Amazing Race! Com certeza nós vamos ganhar!!
- Aham, claaaro. Amanhã eu entro no site pra nos inscrever..."
"- Tia, tabula os resultados no reveillon vai! Eu fiz a pesquisa e deleguei!!"
"- Eu não vou fazer exame no meu fígado, vai dar merda e eu não vou parar de beber!
- Mas não é p/ vc parar de beber, é preventivo! Pra você começar a tomar remédio e seu fígado aguentar mais tempo!!"
"- Aff, ê vidinha patética...
- Ah tia, patética seria se tudo desse certo, de acordo com o plano! A diversão é que nossa vida é eventful!!"
"- É que o mundo gira em pares...
- Eu sou um número primo então...
- É, eu também, divisíveis só por 1 e por nós mesmas..."
"- Ei, a gente pode aproveitar nossas férias para viajar de Lloyd Aereo Boliviano!
- mmmm, acho que não hein, se é assim vamos pro Chile, que é melhorzinho vai..."
Pra explicar, é assim, eu sou a Dani que adora ir à aeroportos, como já fazia mais de 15 dias que não via a DaniDani combinamos que eu a levaria até Guarulhos, a gente ia batendo papo, tomaríamos um café, ela embarcaria e 23h eu já estaria indo dormir, esse era o plano. Mas óbvio, isso é a Danilândia, o planejado não funciona, isso não é trabalho, isso é vida.
O plano não funcionou, e a vida colocou um over-booking no nosso caminho, depois de muita espera e ganhar um vale-"jantar" de míseros R$ 10,00 (que deu p/ 1 cerveja, 1 coca e 3 trident - daqueles individuais, minúsculos), a oferta de passar a noite em um hotel, que nem era o Caesar, então claro de dispensamos, voltamos para SP, já dando risada e fomos tomar cerveja e comer hot-dog.
Frases do dia e da noite?
"- Eu já estava sentindo que ia dar merda... Vai que o avião explode!
- Não vai explodir, é essa merda de você ficar assistindo programas sobre desastres aéreos!!
- Hahaha, é mesmo, preciso parar de assistir essas coisas quando eu pego no mínimo dois vôos por semana"
"- A gente PRECISA participar de Amazing Race! Com certeza nós vamos ganhar!!
- Aham, claaaro. Amanhã eu entro no site pra nos inscrever..."
"- Tia, tabula os resultados no reveillon vai! Eu fiz a pesquisa e deleguei!!"
"- Eu não vou fazer exame no meu fígado, vai dar merda e eu não vou parar de beber!
- Mas não é p/ vc parar de beber, é preventivo! Pra você começar a tomar remédio e seu fígado aguentar mais tempo!!"
"- Aff, ê vidinha patética...
- Ah tia, patética seria se tudo desse certo, de acordo com o plano! A diversão é que nossa vida é eventful!!"
"- É que o mundo gira em pares...
- Eu sou um número primo então...
- É, eu também, divisíveis só por 1 e por nós mesmas..."
"- Ei, a gente pode aproveitar nossas férias para viajar de Lloyd Aereo Boliviano!
- mmmm, acho que não hein, se é assim vamos pro Chile, que é melhorzinho vai..."
domingo, outubro 19, 2008
Veja bem, ela eu conheço desde os 9 anos de idade...
Foi isso que eu disse ontem para o menino quando expliquei que se ele não me achasse, podia procurar a DaniDani, porque sem ela eu não iria embora com certeza.
Sério, somos amigas desde os 9 anos de idade, hoje ela faz mais um ano de vida e mesmo depois de tantos aniversários, eu ainda fico feliz de ter sido a primeira pessoa a dar um abraço de "Felicidades" à ela.
Claro, nesse tempo todo, vários anos ficamos afastadas, mas sempre teve ligação de "Feliz Aniversário", cartões de Natal e postais de viagens. E alguns amigos nossos não entendem como que nós, pessoas tão diferentes, com gostos tão diferentes, podem ser tão próximas, mas é que eles não entendem como nós somos iguais onde importa, que é no que buscamos para as nossas vidas, em nossos valores. Os gostos musicais podem ser opostos, as idéias de viagens e festas completamente diferentes, mas nós buscamos coisas iguais.
E tem todo o conforto de conhecer alguém há tanto tempo, a gente consegue se olhar e saber o que a outra está pensando, olhar e saber "ok, hora de ir embora" e mesmo com toda essa intimidade ainda há muito respeito, talvez especialmente por sabermos que somos tão diferentes no superficial.
Enfim, Tia, Feliz Aniversário, Te Amo e que muitos e muitos primeiros abraços de Felicidades venham.
Sério, somos amigas desde os 9 anos de idade, hoje ela faz mais um ano de vida e mesmo depois de tantos aniversários, eu ainda fico feliz de ter sido a primeira pessoa a dar um abraço de "Felicidades" à ela.
Claro, nesse tempo todo, vários anos ficamos afastadas, mas sempre teve ligação de "Feliz Aniversário", cartões de Natal e postais de viagens. E alguns amigos nossos não entendem como que nós, pessoas tão diferentes, com gostos tão diferentes, podem ser tão próximas, mas é que eles não entendem como nós somos iguais onde importa, que é no que buscamos para as nossas vidas, em nossos valores. Os gostos musicais podem ser opostos, as idéias de viagens e festas completamente diferentes, mas nós buscamos coisas iguais.
E tem todo o conforto de conhecer alguém há tanto tempo, a gente consegue se olhar e saber o que a outra está pensando, olhar e saber "ok, hora de ir embora" e mesmo com toda essa intimidade ainda há muito respeito, talvez especialmente por sabermos que somos tão diferentes no superficial.
Enfim, Tia, Feliz Aniversário, Te Amo e que muitos e muitos primeiros abraços de Felicidades venham.
quinta-feira, outubro 02, 2008
Time is on our side
Será que com (quase) 31 anos a gente ainda pode classificar os caras como "Tio Sukita"? Só o fato de conhecer esse termo já mostra que tem algo de errado na nossa conta...
Mas é, a Danilândia é liberal, porém a gente ainda prefere um meninote a um tiozinho, complexo de Elektra passa longe desse mundo.
Mas é, a Danilândia é liberal, porém a gente ainda prefere um meninote a um tiozinho, complexo de Elektra passa longe desse mundo.
quarta-feira, agosto 27, 2008
Me atordoa que eu gostcho!
Atordoar - vtd - 1 Causar atordoamento a - 2 Causar abalo ou perturbação dos sentidos - 3 Ficar estonteado - 4 Causar assombro a; maravilhar. - 5 Importunar, molestar os ouvidos.
Esse é um dos verbos usados na Danilândia com mais freqüência do que nos outros mundos. De várias formas, com sujeitos diferentes, mas sempre com o mesmo objeto, as Danis. E sempre na forma de reclamação, como "aff, o telefone hoje toca tanto que está me atordoando" ou "putz, recebi uma notícia péssima do meu chefe, tô atordoada" e "ai caralho, pára de me atordoar!" (essa última geralmente dita só dentro da minha cabeça, para a própria DaniEu).
Aí que hoje, depois de ligar para a DaniDani para reclamar que estou atordoada, parei, respirei e pensei que a graça de muita coisa é ficar atordoada mesmo, talvez seja meu lado masoquista gritando, mas é divertido perder o rumo só um pouco, especialmente num dia rotineiro, quando as coisas estão como sempre. Tempero pro dia-a-dia. Decidi que quando me sentir atordoada vou lembrar que é para rir.
Esse é um dos verbos usados na Danilândia com mais freqüência do que nos outros mundos. De várias formas, com sujeitos diferentes, mas sempre com o mesmo objeto, as Danis. E sempre na forma de reclamação, como "aff, o telefone hoje toca tanto que está me atordoando" ou "putz, recebi uma notícia péssima do meu chefe, tô atordoada" e "ai caralho, pára de me atordoar!" (essa última geralmente dita só dentro da minha cabeça, para a própria DaniEu).
Aí que hoje, depois de ligar para a DaniDani para reclamar que estou atordoada, parei, respirei e pensei que a graça de muita coisa é ficar atordoada mesmo, talvez seja meu lado masoquista gritando, mas é divertido perder o rumo só um pouco, especialmente num dia rotineiro, quando as coisas estão como sempre. Tempero pro dia-a-dia. Decidi que quando me sentir atordoada vou lembrar que é para rir.
sexta-feira, agosto 22, 2008
"(You got to) Lie to me"
Amigo de foda (ou disk-pizza, como prefere outra Dani) não serve única e exclusivamente para sexo, existem até amigos de foda com quem você nem chega a trepar! Amigo de foda é aquele cara que você gosta, não o suficiente para ficar junto de verdade, mas o suficiente para repetir a dose de tempos em tempos.
E já que você gosta da pessoa, é alguém que além de sexo pode servir para matar aquela vontade de dormir de conchinha ou de dividir um milk-shake, é um cara legal, divertido, com quem é bom passar algumas horas, mas depois dessas algumas horas você prefere estar com seus outros amigos, ou sozinha, o cara que tem um lugar especial na nossa cabeça, mas não no nosso coração.
Por isso o "Lie to me", porque envolve um faz-de-conta, uma mentirinha dos dois lados, enquanto estamos juntos é tudo lindo, diversão, os caras até podem chegar a acreditar que estamos apaixonadas, a gente até pode chegar a acreditar que vai virar mais do que algumas horas, mas aí passa, o "eu gosto da companhia dele(a)" continua, mas só. No dia seguinte não bate aquela vontade de ver a pessoa novamente, leva um tempo para o desejo de estar juntos voltar. Essa é a minha linha entre "amigo de foda" e "mmmm, sabe que até que encaixa bem... quem sabe?", o quanto eu quero estar com o cara, a freqüência com que a vontade bate.
E já que você gosta da pessoa, é alguém que além de sexo pode servir para matar aquela vontade de dormir de conchinha ou de dividir um milk-shake, é um cara legal, divertido, com quem é bom passar algumas horas, mas depois dessas algumas horas você prefere estar com seus outros amigos, ou sozinha, o cara que tem um lugar especial na nossa cabeça, mas não no nosso coração.
Por isso o "Lie to me", porque envolve um faz-de-conta, uma mentirinha dos dois lados, enquanto estamos juntos é tudo lindo, diversão, os caras até podem chegar a acreditar que estamos apaixonadas, a gente até pode chegar a acreditar que vai virar mais do que algumas horas, mas aí passa, o "eu gosto da companhia dele(a)" continua, mas só. No dia seguinte não bate aquela vontade de ver a pessoa novamente, leva um tempo para o desejo de estar juntos voltar. Essa é a minha linha entre "amigo de foda" e "mmmm, sabe que até que encaixa bem... quem sabe?", o quanto eu quero estar com o cara, a freqüência com que a vontade bate.
terça-feira, agosto 12, 2008
"Mulheres que não sabem provocar"
Passeando por blogs encontrei um chamado Mulheres que NÃO sabem provocar e que casou totalmente com um papo que eu tive com a DaniDani! O papo então virou post.
As Danis não sabem provocar. Isso é fato, facilmente constatável (é só perguntar para qualquer moço que tenha saído com uma de nós). Pra ser sincera a gente nem quer provocar... O que acontece é que nós somos seres enlouquecidos, instáveis, então a gente "provoca" sem querer...
Não é de propósito que a DaniDani marca de sair com o moço e só lembra no dia que tem um jantar de trabalho e por isso precisa desmarcar (o que de acordo com a Nova é provocação, porque mostra que ela não está tão à disposição do mocinho assim). Não é de propósito que eu estou fugindo do mundo e só atendendo ligações da minha família (de sangue ou escolhida) e por isso dando uma gelada em alguns prospects, na verdade eu faço isso para o bem deles! Assim eles não precisam lidar com uma "Dani em crise"! Mas, de novo, de acordo com a Nova isso é provocação, geladeira deixa os homens ansiosos.
E finalmente, não é de propósito, é porque somos mulheres que deixamos, inconscientemente, recados nos nossos "blogs pessoais", recado que só depois a gente relê e fala 'putz, será que ele leu?'.
Mas o importante desse post é dizer que a gente não sabe e não quer provocar, não no mau sentido pelo menos. E que 2/3 da Danilândia estão vivendo um momento Charlotte / "I'm exhausted! Where is he?"
As Danis não sabem provocar. Isso é fato, facilmente constatável (é só perguntar para qualquer moço que tenha saído com uma de nós). Pra ser sincera a gente nem quer provocar... O que acontece é que nós somos seres enlouquecidos, instáveis, então a gente "provoca" sem querer...
Não é de propósito que a DaniDani marca de sair com o moço e só lembra no dia que tem um jantar de trabalho e por isso precisa desmarcar (o que de acordo com a Nova é provocação, porque mostra que ela não está tão à disposição do mocinho assim). Não é de propósito que eu estou fugindo do mundo e só atendendo ligações da minha família (de sangue ou escolhida) e por isso dando uma gelada em alguns prospects, na verdade eu faço isso para o bem deles! Assim eles não precisam lidar com uma "Dani em crise"! Mas, de novo, de acordo com a Nova isso é provocação, geladeira deixa os homens ansiosos.
E finalmente, não é de propósito, é porque somos mulheres que deixamos, inconscientemente, recados nos nossos "blogs pessoais", recado que só depois a gente relê e fala 'putz, será que ele leu?'.
Mas o importante desse post é dizer que a gente não sabe e não quer provocar, não no mau sentido pelo menos. E que 2/3 da Danilândia estão vivendo um momento Charlotte / "I'm exhausted! Where is he?"
segunda-feira, julho 28, 2008
Chuta que é macumba!! (ou Kick 'cos it's voodoo!!)
É isso, chuta que é macumba, sacode a poeira e faz a porta rodar! Eu já disse aqui, mas vou repetir, a Danilândia não é um mundo paciente, e nem calminho, muito menos com sangue de barata! A gente até tenta, faz a linha meiga com os meninos (as outras Danis, a DaniEu só de vez em quando e quando me interessa/enxergo um benefício), em geral a gente é boazinha, compreensiva e não cobra o que os meninos não ofereceram de antemão.
No entanto, veja bem, aqui é a Danilândia, não a Jó-lândia e nem estamos concorrendo à vaga de Madre Thereza. Nesse mundo se a gente gosta até dá algumas chances, sai da nossa zona de conforto, faz um esforço, vai até o boteco de madrugada e agüenta os amigos bêbados, numa boa, com um sorriso no rosto. Mas tudo é uma via de mão-dupla, cada um tem que andar até a metade do caminho, senão alguém fica perdido no meio da estrada e acaba atropelado!
Enfim, esse é meio que outro post interno, o importante é dizer que apoiadíssima Tia, chuta que é macumba!! E se prepara que amanhã é noite de Guinness!! (no meu caso, Jack, o homem que nunca me deixa na mão e Vamos dividir um táxi? ;))
No entanto, veja bem, aqui é a Danilândia, não a Jó-lândia e nem estamos concorrendo à vaga de Madre Thereza. Nesse mundo se a gente gosta até dá algumas chances, sai da nossa zona de conforto, faz um esforço, vai até o boteco de madrugada e agüenta os amigos bêbados, numa boa, com um sorriso no rosto. Mas tudo é uma via de mão-dupla, cada um tem que andar até a metade do caminho, senão alguém fica perdido no meio da estrada e acaba atropelado!
Enfim, esse é meio que outro post interno, o importante é dizer que apoiadíssima Tia, chuta que é macumba!! E se prepara que amanhã é noite de Guinness!! (no meu caso, Jack, o homem que nunca me deixa na mão e Vamos dividir um táxi? ;))
quarta-feira, junho 18, 2008
D'you trust me?
Outro post DaniDani/Paris
Um dos nossos filmes favoritos é em Paris, Before Sunset, e nele tem uma hora que a Celine diz: "I guess when you're young, you just believe there'll be many people with whom you'll connect with. Later in life, you realize it only happens a few times.", o que hoje, mais velhas, a gente totalmente entende e concorda, e que tem tudo a ver com minha questão de timing.
Sábado uma amiga nossa estava falando sobre o relacionamento atual dela e disse "eu sempre achei que para um relacionamento ser bom tinha que ter diferenças, conflitos, nunca pensei que podia ser tão fácil. Quando é certo é fácil." O que eu também totalmente concordo, tenho bode de coisas muito difíceis ou complicadas. É lindo quando a gente encontra essa coisa de 'encaixe', de intimidade que vem naturalmente.
Nesse momento penso na Mirabelle falando de 'lower intensity'. Nesse caso eu sou mais o Steve Martin, 'restless'.
Mas, não é disso que eu ia falar! O que eu quero comentar é que intimidade na Danilãndia é deixar o cara sozinho c/ nossos laptops destravados (no meu caso laptop e celular destravados)! Isso sim é demonstração de confiança!!
Um dos nossos filmes favoritos é em Paris, Before Sunset, e nele tem uma hora que a Celine diz: "I guess when you're young, you just believe there'll be many people with whom you'll connect with. Later in life, you realize it only happens a few times.", o que hoje, mais velhas, a gente totalmente entende e concorda, e que tem tudo a ver com minha questão de timing.
Sábado uma amiga nossa estava falando sobre o relacionamento atual dela e disse "eu sempre achei que para um relacionamento ser bom tinha que ter diferenças, conflitos, nunca pensei que podia ser tão fácil. Quando é certo é fácil." O que eu também totalmente concordo, tenho bode de coisas muito difíceis ou complicadas. É lindo quando a gente encontra essa coisa de 'encaixe', de intimidade que vem naturalmente.
Nesse momento penso na Mirabelle falando de 'lower intensity'. Nesse caso eu sou mais o Steve Martin, 'restless'.
Mas, não é disso que eu ia falar! O que eu quero comentar é que intimidade na Danilãndia é deixar o cara sozinho c/ nossos laptops destravados (no meu caso laptop e celular destravados)! Isso sim é demonstração de confiança!!
segunda-feira, junho 16, 2008
La vie en Rose
Quando eu tinha uns 7, 8 anos eu assisti numa Sessão da Tarde qualquer o Superman II, aquele que o Superman salva a Lois Lane caindo da Torre Eiffel. Naquela hora eu decidi que a minha primeira grande viagem seria Paris. Naquele instante eu comecei a amar Paris. Com 17 anos então, a hora da minha primeira grande viagem chegou e eu fui à Paris. Como diz o pai do meu amigo, "fui milho e voltei pipoca".
Quando eu fui escolher aquele 'um' momento que eu levaria para a eternidade, não foi difícil, escolhi um momento 'perdida em Paris', um momento adolescente, 'eu posso tudo', 'o mundo é meu', aquele em que eu me sentia feliz além do imaginável, poderosa como só uma pessoa de 17 anos pode ser, completa, mas com desejo infinito de mais e mais.
Hoje a DaniDani está lá, descobrindo a cidade que me faz sorrir só por existir, só por eu saber que ela está lá, me esperando de braços abertos para quando eu quiser fazer uma pausa em explorar outras coisas e precisar aquietar o facho. Sim, é em Paris que eu pretendo viver quando for bem velhinha. Pra ser bem boba, pensar na DaniDani lá, se perdendo e se encontrando, também me faz sorrir (mesmo triste de não poder estar junto).
É difícil explicar porque Paris é tão especial, quando alguém pensa nela imediatamente pula na cabeça a imagem da Torre Eiffel (que sinceramente eu nem sou tão fã assim, primeiro que a Torre é só um esqueleto, segundo porque é lá que o Jean-Michel Jarre faz show e eu tenho medo dele). A Paris que eu amo não é aquela dos filmes românticos, não é a cidade-luz, nem a cidade do amor, não que ela não seja romântica, mas eu tenho vontade zero de passar minha lua-de-mel lá.
A Paris que eu amo é do Irma La Douce (um dos meus filmes favoritos), suja, linda, tragicômica. É a cidade que te convida a ir um pouco mais devagar, a entrar para tomar um café, se perder numa de suas ruelas, a entrar numa das catacumbas para tomar um vinho, perdendo a noção do tempo, entrar de dia e sair quando já é noite. Onde a Ópera é dentro da igreja (Tia, passe na Fnac e compre qualquer ingresso para qualquer concerto na Église de la Madeleine!!!), o rock é no metrô e o metrô é um ser com vontade própria com estações que abrem e fecham nos horários que elas quiserem. A cidade que faz com que nós, meninas altamente motorizadas e dependentes dos nossos carros, andem, andem e andem. Porque é andando na rua que a cidade se permite ser descoberta.
Como canta a Edith Piaf, Tia, viva a vida cor-de-rosa, da próxima eu vou junto, explore Paris, aproveita para se redescobrir mais uma vez.
Et des que je l'apercois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat
...Un grand bonheur qui prend sa place
Des enuis des chagrins, des phases
Heureux, heureux a en mourir.
Quando eu fui escolher aquele 'um' momento que eu levaria para a eternidade, não foi difícil, escolhi um momento 'perdida em Paris', um momento adolescente, 'eu posso tudo', 'o mundo é meu', aquele em que eu me sentia feliz além do imaginável, poderosa como só uma pessoa de 17 anos pode ser, completa, mas com desejo infinito de mais e mais.
Hoje a DaniDani está lá, descobrindo a cidade que me faz sorrir só por existir, só por eu saber que ela está lá, me esperando de braços abertos para quando eu quiser fazer uma pausa em explorar outras coisas e precisar aquietar o facho. Sim, é em Paris que eu pretendo viver quando for bem velhinha. Pra ser bem boba, pensar na DaniDani lá, se perdendo e se encontrando, também me faz sorrir (mesmo triste de não poder estar junto).
É difícil explicar porque Paris é tão especial, quando alguém pensa nela imediatamente pula na cabeça a imagem da Torre Eiffel (que sinceramente eu nem sou tão fã assim, primeiro que a Torre é só um esqueleto, segundo porque é lá que o Jean-Michel Jarre faz show e eu tenho medo dele). A Paris que eu amo não é aquela dos filmes românticos, não é a cidade-luz, nem a cidade do amor, não que ela não seja romântica, mas eu tenho vontade zero de passar minha lua-de-mel lá.
A Paris que eu amo é do Irma La Douce (um dos meus filmes favoritos), suja, linda, tragicômica. É a cidade que te convida a ir um pouco mais devagar, a entrar para tomar um café, se perder numa de suas ruelas, a entrar numa das catacumbas para tomar um vinho, perdendo a noção do tempo, entrar de dia e sair quando já é noite. Onde a Ópera é dentro da igreja (Tia, passe na Fnac e compre qualquer ingresso para qualquer concerto na Église de la Madeleine!!!), o rock é no metrô e o metrô é um ser com vontade própria com estações que abrem e fecham nos horários que elas quiserem. A cidade que faz com que nós, meninas altamente motorizadas e dependentes dos nossos carros, andem, andem e andem. Porque é andando na rua que a cidade se permite ser descoberta.
Como canta a Edith Piaf, Tia, viva a vida cor-de-rosa, da próxima eu vou junto, explore Paris, aproveita para se redescobrir mais uma vez.
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat
...Un grand bonheur qui prend sa place
Des enuis des chagrins, des phases
Heureux, heureux a en mourir.
sexta-feira, junho 06, 2008
"Let go.. Jump in... Oh well, what you waiting for?"
Eu sou a Dani que tem dificuldade para "let go". Mas "let go" tem um monte de significados diferentes, e alguns são fáceis e outros impossíveis, não só para a DaniEu, para as Danis em geral, e o fácil de uma às vezes é o impossível das outras, e vice-versa.
A DaniDani e a DaniEu estamos em momentos Let Go, não consegui conversar com ela para saber se está sendo fácil ou difícil o Let Go dela, mas eu imagino que seja um daqueles bem complicados. O meu Let Go é do mesmo que eu sempre tenho dificuldade de fazer, é o Let Go do Pacey, no final de Dawson's Creek, sem o bônus da Joey respondendo que ela não quer ser 'Let off the hook'. É o que eu acredito que tenho que fazer, mesmo não querendo de verdade. O Let Go da DaniDani é o tipo que eu gosto (mas que ao mesmo tempo é mega-dificultoso), é o Let Go do título.
Enfim, esse não é um post para ser compreendido, não é um post para explicar o que está rolando, nem para mostrar o Mundo Cor-de-Rosa-Salmão das Danis, é um post meu, para mim e para uma das pessoas que eu mais amo, a DaniDani.
A DaniDani e a DaniEu estamos em momentos Let Go, não consegui conversar com ela para saber se está sendo fácil ou difícil o Let Go dela, mas eu imagino que seja um daqueles bem complicados. O meu Let Go é do mesmo que eu sempre tenho dificuldade de fazer, é o Let Go do Pacey, no final de Dawson's Creek, sem o bônus da Joey respondendo que ela não quer ser 'Let off the hook'. É o que eu acredito que tenho que fazer, mesmo não querendo de verdade. O Let Go da DaniDani é o tipo que eu gosto (mas que ao mesmo tempo é mega-dificultoso), é o Let Go do título.
Enfim, esse não é um post para ser compreendido, não é um post para explicar o que está rolando, nem para mostrar o Mundo Cor-de-Rosa-Salmão das Danis, é um post meu, para mim e para uma das pessoas que eu mais amo, a DaniDani.
quinta-feira, maio 15, 2008
"Friends will be friends"
Sabe qual a parte engraçada de ter amigas que te conhecem mesmo de boca fechada, mesmo sobre aquilo que você ainda nem percebeu? Elas te apontam no sentido daquela coisa que você não disse, não pensou.
As Danis sabem quando eu gosto de algum cara, é fácil, é quando ele deixa de ter apelido para ter nome próprio. É quando eu paro de chamá-lo de "Mané" (ou afins) e começo a usar o nome que os pais dele escolheram mesmo. É quando eu começo a obcecar sobre um assunto e não paro, falo sem respirar, sem vírgulas ou pontos finais, quando eu respondo a minha própria pergunta em voz alta, antes de dar a chance para elas me dizerem o que pensam, quando elas precisam me mandar parar, mandar mesmo, com voz de comando.
Ainda dou risada quando lembro da DaniDani me interrompendo para dizer "Opa, peraí, o que eu perdi que ele agora tem nome?", ou na DaniB dizendo "espera, isso aí não é amigo de foda! Tem mais coisa nessa história!" E ainda paro e penso no que a DaniDani também me disse, sobre determinismo psíquico (amiga psicóloga formada pela USP é outra coisa), sobre como a questão é porque eu escolho homens unavailable, mas dessa vez sem dar risada, a sério.
Boas amigas funcionam assim, sabem sem você dizer e dizem o que você não pensou ainda.
As Danis sabem quando eu gosto de algum cara, é fácil, é quando ele deixa de ter apelido para ter nome próprio. É quando eu paro de chamá-lo de "Mané" (ou afins) e começo a usar o nome que os pais dele escolheram mesmo. É quando eu começo a obcecar sobre um assunto e não paro, falo sem respirar, sem vírgulas ou pontos finais, quando eu respondo a minha própria pergunta em voz alta, antes de dar a chance para elas me dizerem o que pensam, quando elas precisam me mandar parar, mandar mesmo, com voz de comando.
Ainda dou risada quando lembro da DaniDani me interrompendo para dizer "Opa, peraí, o que eu perdi que ele agora tem nome?", ou na DaniB dizendo "espera, isso aí não é amigo de foda! Tem mais coisa nessa história!" E ainda paro e penso no que a DaniDani também me disse, sobre determinismo psíquico (amiga psicóloga formada pela USP é outra coisa), sobre como a questão é porque eu escolho homens unavailable, mas dessa vez sem dar risada, a sério.
Boas amigas funcionam assim, sabem sem você dizer e dizem o que você não pensou ainda.
segunda-feira, abril 21, 2008
"I'm just a girl, standing..."
Fds de dar atenção aos amigos, colocar o sono em dia e rever DVD's de filmes e seriados. E entre os seriados, Sex and the City, claro. E entre SATC e as conversas com as amigas fiquei pensando, depois de 30 anos, sendo uns 17 de baladas, 16 de relacionamentos e uns 15 de sexo como a gente mantém a fé? Claro, em certos momentos é normal perder a fé, ficar deprê e tal, mas assim, essas amigas que eu mencionei são as que me acompanharam por toda minha vida adulta, mulheres que eu conheço desde sempre, que sempre estiveram lá e não dá para não perceber como nós nos tornamos cínicas.
Mas junto com o cinismo tem outro componente fundamental, o romantismo (não aquele brega, vitoriano, veja bem) mas meio que a necessidade de viver momentos como de cinema, com fotografia e trilha sonora perfeitas. Resumindo, a gente não se contenta, we don't settle.
E pensando numa outra conversa com outro amigo eu volto a pensar no que garante que um relacionamento seja duradouro, como a gente faz para realmente se apaixonar pela mesma pessoa mais de uma vez? Se a paixão depende tanto daquele sentimento de descobrir uma pessoa nova, quando você já convive com aquele indivíduo, de onde a gente tira essa sensação de novidade, descoberta? Ou talvez paixão não seja necessariamente descoberta, mas desejo. Desejo de estar ali, desejo de conhecer e se deixar conhecer, desejo de ter alguém, no sentido mais vil de "ter".
Uma das amigas que eu vi, quando foi à França, há anos e anos, me trouxe uma vela, de Provence, sabendo o quanto eu amo aquela região, e disse: "Use numa noite especial, com um cara especial" e esse fds eu comentei que a vela continua aqui, guardada, para uma noite especial com um cara especial. Nesses anos todos eu tive várias oportunidades de usar aquela vela, claro, mas eu sei o quanto de amor ela colocou naquele presente, na vontade dela de me ver com alguém que é especial para mim, por isso continua guardado. É normal crescer e se tornar cínica, é normal ter 30 anos e se contentar. Mas nós nos recusamos a fazer isso. Arrependimentos podemos ter de monte, mas nos arrependermos por ter tomado o caminho mais fácil vai ser difícil de acontecer.
Difícil também é manter a fé, acreditar que uma hora o caminho difícil vai aparecer, que não vamos ceder e tomar a estrada do fácil, mas hey, é para isso que o álcool, boas(ns) amigas(os) e tatuagens existem. Pra quê facilitar se a gente pode complicar?
Mas junto com o cinismo tem outro componente fundamental, o romantismo (não aquele brega, vitoriano, veja bem) mas meio que a necessidade de viver momentos como de cinema, com fotografia e trilha sonora perfeitas. Resumindo, a gente não se contenta, we don't settle.
E pensando numa outra conversa com outro amigo eu volto a pensar no que garante que um relacionamento seja duradouro, como a gente faz para realmente se apaixonar pela mesma pessoa mais de uma vez? Se a paixão depende tanto daquele sentimento de descobrir uma pessoa nova, quando você já convive com aquele indivíduo, de onde a gente tira essa sensação de novidade, descoberta? Ou talvez paixão não seja necessariamente descoberta, mas desejo. Desejo de estar ali, desejo de conhecer e se deixar conhecer, desejo de ter alguém, no sentido mais vil de "ter".
Uma das amigas que eu vi, quando foi à França, há anos e anos, me trouxe uma vela, de Provence, sabendo o quanto eu amo aquela região, e disse: "Use numa noite especial, com um cara especial" e esse fds eu comentei que a vela continua aqui, guardada, para uma noite especial com um cara especial. Nesses anos todos eu tive várias oportunidades de usar aquela vela, claro, mas eu sei o quanto de amor ela colocou naquele presente, na vontade dela de me ver com alguém que é especial para mim, por isso continua guardado. É normal crescer e se tornar cínica, é normal ter 30 anos e se contentar. Mas nós nos recusamos a fazer isso. Arrependimentos podemos ter de monte, mas nos arrependermos por ter tomado o caminho mais fácil vai ser difícil de acontecer.
Difícil também é manter a fé, acreditar que uma hora o caminho difícil vai aparecer, que não vamos ceder e tomar a estrada do fácil, mas hey, é para isso que o álcool, boas(ns) amigas(os) e tatuagens existem. Pra quê facilitar se a gente pode complicar?
sábado, março 01, 2008
Oh, come on! Get a room!
ou Sobre Danis e Motéis.
A primeira vez que eu fui a um motel eu tinha acho que 25, ou 26 anos, sim, sério. Comecei a namorar c/ um cara que morava sozinho c/ 17 anos, aí quando terminamos eu saí da casa dos meus pais então, resumindo, só precisei de motel quando quis ir a um. E como eu moro sozinha só vou ao motel quando pinta a vontade e aí claro tem que ser um super quarto.
E aí a gente chega no ponto que eu queria comentar, a conta do motel. Tem Dani que prefere que o cara pague, tem Dani que prefere pagar e todas as Danis acreditam que sob condições ideais de temperatura e pressão o correto é dividir.
Pensando bem, conta do motel é meio que como conta do restaurante, já saí com cara que se ofendia profundamente se eu mencionasse a possibilidade de dividir a conta do restaurante, imagina eu tentar ajudar com a conta do motel. E esse tipo de cara na verdade é o tipo que eu chuto rapidinho, é meio impossível para mim não me sentir "paternalizada". Assim, sem feminismos exacerbados, é lindo o cara pagar a conta de vez em quando, mas também é lindo eu poder pagar a conta de vez em quando, sem nóia, sem discussão e veja bem, na maioria dos meus relacionamentos eu estava melhor financeiramente do que o cara, então, fazia mais sentido eu pagar.
Mas na verdade, na grande maioria das vezes essa minha postura de não ver problema em pagar a conta voltava para me morder na bunda quando o relacionamento já não estava mais tão bom assim. Querendo ou não o mundo, e os homens, ainda são machistas e a ligação com dinheiro é uma coisa complexa mesmo... Tanto a minha, de me sentir capaz de pagar, quanto a do cara de se sentir inconscientemente pressionado a pagar. O mundo do escambo era mais fácil (eu acho).
A primeira vez que eu fui a um motel eu tinha acho que 25, ou 26 anos, sim, sério. Comecei a namorar c/ um cara que morava sozinho c/ 17 anos, aí quando terminamos eu saí da casa dos meus pais então, resumindo, só precisei de motel quando quis ir a um. E como eu moro sozinha só vou ao motel quando pinta a vontade e aí claro tem que ser um super quarto.
E aí a gente chega no ponto que eu queria comentar, a conta do motel. Tem Dani que prefere que o cara pague, tem Dani que prefere pagar e todas as Danis acreditam que sob condições ideais de temperatura e pressão o correto é dividir.
Pensando bem, conta do motel é meio que como conta do restaurante, já saí com cara que se ofendia profundamente se eu mencionasse a possibilidade de dividir a conta do restaurante, imagina eu tentar ajudar com a conta do motel. E esse tipo de cara na verdade é o tipo que eu chuto rapidinho, é meio impossível para mim não me sentir "paternalizada". Assim, sem feminismos exacerbados, é lindo o cara pagar a conta de vez em quando, mas também é lindo eu poder pagar a conta de vez em quando, sem nóia, sem discussão e veja bem, na maioria dos meus relacionamentos eu estava melhor financeiramente do que o cara, então, fazia mais sentido eu pagar.
Mas na verdade, na grande maioria das vezes essa minha postura de não ver problema em pagar a conta voltava para me morder na bunda quando o relacionamento já não estava mais tão bom assim. Querendo ou não o mundo, e os homens, ainda são machistas e a ligação com dinheiro é uma coisa complexa mesmo... Tanto a minha, de me sentir capaz de pagar, quanto a do cara de se sentir inconscientemente pressionado a pagar. O mundo do escambo era mais fácil (eu acho).
domingo, janeiro 20, 2008
"De tudo resta um pouco"
Sempre deixaremos os vestígios de nossos dentes na personalidade daqueles que se aventurarem dentro de nós - e vice-versa
Amar é despersonalizar-se. Aos nossos ouvidos isso mais parece palavrão. (...)
Não gostamos de saber que nos identificamos uns com os outros, quer sejam amantes, parentes ou amigos. (...) Concebemo-nos como self made people, autônomos, independentes. Por isso gostamos de acreditar que os nossos amores sejam experiências descartáveis. (...)
Por mais que a pessoa amada seja muito parecida conosco, a relação sempre será uma terra estrangeira onde aprenderemos novos costumes, um amor sempre nos legará alguma coisa diferente, um novo paladar, hábito ou modo de ver a vida.
Não adianta fazer cara de esfinge: de cada encontro sairemos marcados, assim como deixaremos os vestígios de nossos dentes na personalidade daqueles que se aventurarem dentro de nós. Amar é transitivo.
Coluna No Divã, da Revista TPM, edição #72
Amar é despersonalizar-se. Aos nossos ouvidos isso mais parece palavrão. (...)
Não gostamos de saber que nos identificamos uns com os outros, quer sejam amantes, parentes ou amigos. (...) Concebemo-nos como self made people, autônomos, independentes. Por isso gostamos de acreditar que os nossos amores sejam experiências descartáveis. (...)
Por mais que a pessoa amada seja muito parecida conosco, a relação sempre será uma terra estrangeira onde aprenderemos novos costumes, um amor sempre nos legará alguma coisa diferente, um novo paladar, hábito ou modo de ver a vida.
Não adianta fazer cara de esfinge: de cada encontro sairemos marcados, assim como deixaremos os vestígios de nossos dentes na personalidade daqueles que se aventurarem dentro de nós. Amar é transitivo.
Coluna No Divã, da Revista TPM, edição #72
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