Segunda a DaniDani e a DaniEu sentamos para conversar, bater papo, dar risada, desopilar, desestressar. E é óbvio que a conversa em determinado momento desviou para os relacionamentos (ou a falta de relacionamentos "românticos" de verdade em nossa vida).
E nós fizemos a conta de quanto tempo faz que nós realmente nos empolgamos com algum moço. Considerando como faz bastante tempo para as duas, a pergunta que ficou foi aquela lá do título.
De certa forma, parece que essa é a questão do momento. A gente até racionaliza, concluindo que os homens que são mais ou menos nosso target estão ou casados ou em algum relacionamento sério com uma mulher que não é uma de nós. Os que sobraram têm problema. E o problema é geralmente que eles são putanheiros e nada é mais assustador que isso; imagina você, passou um tempão com uma pessoa, acha que a conhece e tal, e aí um dia, de repente, sem aviso, BUM, você descobre que essa pessoa tem toda uma vida que você desconhecia! E o pior, essa vida é de putanheiro!! Pavor total. Fora esses homens só sobraram os meninotes, que eu adoro, mas vamos combinar, não há futuro; os cara que são out of our league, tipo o VP da empresa que além de casado tem um salário de uns R$ 30 mil e dirige um carro que a gente nem sabe o nome de tão além que ele está; e finalmente, os caras que não moram aqui (por aqui entenda-se Brasil) - o recorrente problema de localização geográfica.
Mas essa racionalização não resolve, porque o fato é, nós somos pessoas legais, inteligentes, divertidas e, com a iluminação correta, bem bonitinhas, e sozinhas. Os caras ou são pouco demais e logo se sentem ameaçados por nós (que come on! somos nada assustadoras!) ou... A gente deve estar criando algum bloqueio! Algum impedimento! Something, you know?
Eu costumo dizer que tenho medo de compromisso, mas não é por aí, a questão é que eu tenho medo de me comprometer com a pessoa errada, porque as Danis não são pessoas de meio termo; eu não sou uma pessoa de meio termo, ou eu entro pra valer, de cabeça, sem questionar a profundidade. Ou não. Quando a gente gosta até diarréia fica bonitinha, até a calça de moletom e a camisa polo abotoada a gente aceita sem reclamar.
E nisso eu vejo uma luz, o que rola é que agora, mais do que nunca, the stakes are way too high, a gente sabe o que é estar apaixonada mesmo, de verdade, do tipo de aceitar casar em uma semana, e não estamos muito dispostas a aceitar menos do que já sabemos que é possível, do que já constatamos que existe. O que fode é que hoje a gente já não consegue mais se apaixonar pelo zé da esquina. Tem coisa demais em jogo, porque assim, nossa vida é boa, então para sair do bom tem que obrigatoriamente ser para ir para o melhor ainda.
A solução? A DaniDani quer filhos que falem Inglês na rua, eu prefiro que eles falem Francês. E com isso em mente a DaniDani marca almoço para discutir plano de carreira e eu já vou treinando para fazer meu mestrado em Sorbonne.
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2 comentários:
É, a parte de racionalizar não resolve, também acho que não é por aí.
Eu acho que esse negócio de "the stakes are way too high" tem mais a ver, além de estar falando minha língua.
Se você se tornou uma jogadora de high stakes, só faz sentido entrar numa mesa pra valer se o "adversário" for também um jogador de high stakes. E não um zé da esquina, como você diz.
Tem que ser alguém que consiga realmente adicionar ao pot, o que definitivamente não é fácil de encontrar. Exagerando a metáfora, não dá pra você fazer um "all-in" arriscando milhões, enquanto o adversário só faz uma aposta de centavos.
E tem outra coisa. Além de ter que encontrar um jogador de high stakes, tem que ser um jogador que esteja disposto a jogar o mesmo jogo que você.
Aí a coisa complica de vez. Às vezes você encontra uma pessoa que tem as fichas, mas ela quer jogar Hold'em enquanto você joga Razz (aquele tipo de poker que só maluco joga)...
Somos jogadores de high stakes, em jogos que em geral as pessoas não sabem jogar ou não estão dispostas a jogar. E ao temer um lado desconhecido da vida de seu "adversário", você está querendo excluir o blefe, de um jogo em que o uso do blefe é disseminado e considerado parte essencial do jogo.
É preciso ter cuidado. Todo jogador experiente de high stakes tem uma longa história de dolorosos bad beats. E um dos piores erros que um jogador pode cometer é se deixar afetar pelos bad beats. Ficar com medo de se machucar, criar bloqueios emocionais. Pois é aí que ele deixa de ganhar o quanto poderia.
Bom, acho que com um post desses, não preciso nem assinar o comentário, né? Vc vai saber quem escreveu isso.
Wow... Claro que eu sei quem escreveu! ;)
E você 'resumiu' extremamente bem o que eu queria dizer! :D
E talvez seja bem isso mesmo, nós já tivemos mais do que nossa fair share of bad beats... But we keep on gambling! Maybe it's an addiction...
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