Fds de dar atenção aos amigos, colocar o sono em dia e rever DVD's de filmes e seriados. E entre os seriados, Sex and the City, claro. E entre SATC e as conversas com as amigas fiquei pensando, depois de 30 anos, sendo uns 17 de baladas, 16 de relacionamentos e uns 15 de sexo como a gente mantém a fé? Claro, em certos momentos é normal perder a fé, ficar deprê e tal, mas assim, essas amigas que eu mencionei são as que me acompanharam por toda minha vida adulta, mulheres que eu conheço desde sempre, que sempre estiveram lá e não dá para não perceber como nós nos tornamos cínicas.
Mas junto com o cinismo tem outro componente fundamental, o romantismo (não aquele brega, vitoriano, veja bem) mas meio que a necessidade de viver momentos como de cinema, com fotografia e trilha sonora perfeitas. Resumindo, a gente não se contenta, we don't settle.
E pensando numa outra conversa com outro amigo eu volto a pensar no que garante que um relacionamento seja duradouro, como a gente faz para realmente se apaixonar pela mesma pessoa mais de uma vez? Se a paixão depende tanto daquele sentimento de descobrir uma pessoa nova, quando você já convive com aquele indivíduo, de onde a gente tira essa sensação de novidade, descoberta? Ou talvez paixão não seja necessariamente descoberta, mas desejo. Desejo de estar ali, desejo de conhecer e se deixar conhecer, desejo de ter alguém, no sentido mais vil de "ter".
Uma das amigas que eu vi, quando foi à França, há anos e anos, me trouxe uma vela, de Provence, sabendo o quanto eu amo aquela região, e disse: "Use numa noite especial, com um cara especial" e esse fds eu comentei que a vela continua aqui, guardada, para uma noite especial com um cara especial. Nesses anos todos eu tive várias oportunidades de usar aquela vela, claro, mas eu sei o quanto de amor ela colocou naquele presente, na vontade dela de me ver com alguém que é especial para mim, por isso continua guardado. É normal crescer e se tornar cínica, é normal ter 30 anos e se contentar. Mas nós nos recusamos a fazer isso. Arrependimentos podemos ter de monte, mas nos arrependermos por ter tomado o caminho mais fácil vai ser difícil de acontecer.
Difícil também é manter a fé, acreditar que uma hora o caminho difícil vai aparecer, que não vamos ceder e tomar a estrada do fácil, mas hey, é para isso que o álcool, boas(ns) amigas(os) e tatuagens existem. Pra quê facilitar se a gente pode complicar?
segunda-feira, abril 21, 2008
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